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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Disciplina na Escola

"(...) Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda.
Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, não temos outros caminhos, se não viver plenamente a nossa opção. Encarná-la, diminuindo assim a distância entre o que dizemos e o que fazemos." (Paulo Freire)
Em wikipédia, tem se o consenso de que, disciplina tem a mesma etimologia da palavra "discípulo", que significa "aquele que segue". Também é um dos nomes que se pode dar a qualquer área de conhecimento estudada e ministrada em um ambiente escolar ou acadêmico. Geralmente diz respeito a uma Ciência ou Técnica, ou subderivados destas. Aqueles que seguem uma disciplina podem assim ser chamados de discípulos.
Contin, 2009, realiza uma série de reflexões a respeito da disciplina,  conceituada como “uma forma de dominação e de exercício de poder nos espaços sociais menores,” como exemplos, a escola, a igreja, os conselhos... Ela permite, nestes locais, o controle do comportamento integral dos que neles se encontram e lhes impõe uma relação de docilidade e utilidade.
Atualmente, apesar da reflexão crítica dos educadores compromissados com a integração dos processos educacionais na busca da libertação do ser humano e das numerosas propostas para a transformação da escola em instituição que atenda a esse objetivo, muitos dos aspectos discutidos por Foucault, 1987, ainda estão presentes na prática educacional escolar.
Um olhar criterioso ao que diz a lei, chama atenção sobre outra realidade que se insere na escola, o caso de adolescentes com histórico de infração. Para esses casos,   tanto "a Constituição Federal de 1988 como o Estatuto da Criança e do Adolescente, preveem a aplicação de medidas socioeducativas a jovens entre 12 e 18 anos, autores de atos infracionais". As medidas podem ser cumpridas em meio aberto (com uma advertência, a obrigação de reparar o dano, a prestação de serviços à comunidade e a liberdade assistida) ou em meio privativo de liberdade (na semiliberdade ou na internação). Apesar de não serem compreendidas como penas e apresentarem caráter predominantemente educativo, elas obrigam o adolescente ao seu cumprimento, sujeitando-o, inclusive, às sanções previstas no ECA. Isso significa que, se ele está cumprindo uma medida em meio aberto e comete algum ato infracional, pode ser encaminhado para internação ou ter um prolongamento da medida.
Sendo assim, é na escola que os professores e especialistas em educação são os seus executores principais, uma legião de profissionais que no dizer de Foucault substitui o antigo carrasco, utiliza seu saber para a efetivação de sua ação de modo que eles não se apercebam da situação de "violência" a que estão submetidos e, portanto, reajam. A tarefa é conduzida, eficazmente com o prévio consenso entre as partes e termo disciplinar assinado pelos alunos e pais que assumem a participação efetiva no espaço escolar cooperando pela harmonia e zelando pelo cumprimento do regimento. A fundamentação e legalidade desse termo está no ECA e através do Ministério Público, foi instituído pelo promotor estadual de justiça de Campo Grande-MS.;Dr.Sérgio Fernando Harfouche e tem sido referência para as escolas brasileiras.
 As transgressões e atitudes de indisciplina na escola, evidenciam a necessidade de uma outra organização para o seu funcionamento, coerente com a proposta educacional libertadora, democrática e transformadora, prevista no artigo 206 da Constituição Federal.
Na atual situação fortemente cristalizada, a ordem da instituição prevalece sobre as necessidades dos alunos sem que haja cooperação das partes, prevalecendo apenas a punição e não a conscientização.
Esta reconstrução só terá oportunidade de acontecer a partir do esforço dos educadores, da própria comunidade escolar em busca de novo modelo de relações entre professor e aluno, entre a equipe escolar e entre a escola e Sociedade. E essas relações objetivam desmantelar a hierarquia de valores que tradicionalmente constituiu a escola, em busca de uma nova disciplina que leve a redefinição de papéis e à novas responsabilidades e direitos para todos. Logo, não pode estar baseada em regras impostas, nem na burocracia, que restringe a possibilidade de decisão a uma minoria, nem em informações que se canalizam de cima para baixo, fortalecendo o autoritarismo de uns poucos e a submissão e dependência da maioria. É preciso, porém, atenção para o fato de que esta tarefa é árdua e exige constante crítica por parte de todos os envolvidos, tanto em relação ao seu comportamento individual quanto aos aspectos sociais e políticos e educacionais vigentes e cristalizados. A possibilidade de podermos realizar uma educação participativa será justificada se partirmos da realidade na qual estamos inseridos, sob a perspectiva da participação, mas, cujas estratégias refinadas da manipulação não nos permite contribuir efetivamente. Alerta a esta possível contradição, estaríamos em condições de tentar mudanças que levassem o trabalho educacional a contribuir para restituir à escola, seu conteúdo humano, afastando-a de seus modelos originais: a prisão e o quartel.
O livro A disciplina participativa na escola: um desafio a todos os brasileiros, se consolida na constante busca de um entendimento do conceito disciplina porque passa do autoritarismo a uma participação construtiva da sociedade, onde a busca seria em torno de formar uma postura crítica e participativa do cidadão, para modificar sua realidade no contexto onde está inserido.
Já a obra, A disciplina na sala de aula: Educação ou repressão, Abrange desde a obediência a um conjunto de hábitos que são formados, a um conjunto de matérias de ensino, e a própria condição de punição que transmite a disciplina. Elas se completam de certa forma, mas, o termo é muito genérico.
Portanto, A disciplina deve ser utilizada como ferramenta para colaborar com a organização escolar e em conseqüência, para a apropriação do saber, deve proporcionar ao indivíduo maior autonomia, liberdade e criticidade, uma transformação que afetará também a sociedade de maneira construtiva. A disciplina deve ser utilizada em forma de colaboração e respeito entre os seres pois, onde há o envolvimento, se dá a responsabilidade em prol do bem de todos.
Veja modelo desenvolvido por Harfouche, 2010 no vídeo a seguir.
Fontes: FOUCAULT, MIchael. Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Petrópolis, Vozes, 1987. 
FREIRE, Paulo. Educação Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.


3 comentários:

  1. Em 22 de fevereiro de 2011, conheci o Dr,Sérgio Fernando Harfouche durante a VI Conferência Estadual de Educação, Minas Gerais.
    Ele atua na 27ª promotoria de justiça da infância e juventude e seu plano de ação constitui hoje o modelo mais atualizado e eficaz no que se refere à medidas disciplinares nos meios escolares.Essa eficácia é possível porque propõe parceria entre a promotoria da Infância e as redes públicas de ensino com base no estatuto da criança e do adolescente e código civil.
    O empenho deste promotor resgata, a meu ver, a autonomia da família e dos educadores no que se refere às responsabilidades de cada um e não apenas pune, mas transforma atitudes negativas em exemplos para toda a sociedade.

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  2. marilde sou um do eloy,mas até hoje fomos uma vez na sala de computadores,um professor de matematica nos levou,ele se chama Ruy.eu adoro matematica.disse q ia colocar cameras,bom se um aluno aprontar o pai ver e dar o castigo.nao passeamos em nenhum lugar ate hoje.marilde confio e gosto de vc me dar uma ajuda pra melhorar a escola vai.

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    1. Olá, Denylton Gabriel!
      Como está sua frequência ao laboratório de informática?
      Cobrem de seus professores...Cada um deverá desenvolver pelo menos uma aula ao mês por turma naquele ambiente...Quanto aos passeios, também dependem do planejamento e autorização dos pais.
      Em breve, o JCC levará os alunos para uma caminhada ecológica. Participe!
      Desde Janeiro 2013 as câmeras estão instaladas...Gostou da novidade?
      Um abraço.

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