Em pleno século XXI, o modelo de
educação do país está agonizando... As famílias com melhor condição
sócio econômica terceirizaram a tarefa de educar seus filhos e as demais,
transferem para a escola os seus problemas sob alegação de serem impotentes ou
simplesmente pela comodidade de passarem para outros aquilo que é da sua
obrigação ajudar, com vistas à melhor formação dos filhos.
A começar pela estrutura familiar, os
modelos vigentes induzem as pessoas à uma falsa autonomia de modo que o ato de
educar o aluno para aprender a aprender como bem quis o saudoso Paulo Freire,
tornou-se uma prerrogativa delicada para o profissional da educação que não pode contar com apoio da maioria das famílias no acompanhamento evolutivo
dos filhos. Trata se de uma triste constatação de indiferença na relação familiar, destinação de recursos através dos órgãos federativos e que o educador também precisa estar apto a lidar no exercício de sua profissão.
Isso não é novidade, para quem é comprometido com a educação
e atua em ambientes escolares, conhece
bem o processo de desmotivação educativa pelo qual passa a sociedade e por
isso, especialistas vêm tentando elucidar as causas, enumerar os fatores de
risco, mas não conseguem modificar a inércia que paira sobre as medidas
necessárias à educação pública de qualidade. Falta amor no cuidado com a Educação Brasileira. Os resultados do Pisa 2014 indicaram o Brasil em 38º lugar dos 44 países avaliados.
Nem precisa ser especialista para analisar que são muitos os problemas estruturais no ensino. E, ao se adaptar às
necessidades da clientela, a escola tem deixado ao longo dos anos de ser um lugar privilegiado de
formação da inteligência teórica, aquela que permite ao aluno, se apropriar dos
conteúdos para aplicá-los através da
inteligência prática, que por sua vez, o faz escolher o que realmente o torna
feliz. Deixa ainda de capacitá-lo a exercer sua vontade que canaliza a inteligência para o bem comum e
o prepara para a afetividade, sonhos, paixões, projetos de vida... E assim, sem
essa formação e já na fase adulta, o aluno provavelmente, acabará sucumbido às leis
do mercado de trabalho, que é indiscutivelmente seletivo.
Afinal, o que fazer para recuperar a
importância social da escola e a identidade
dos profissionais da educação em meio à
tantas adversidades?
Eduque por amor! Seja você a diferença na escola...
Se algum dia esse
sentimento se debilitar, a educação deteriora de vez, pois, a falta do desejo
de educar, corrompe a ética e dá lugar à
hipocrisia e materialismo desenfreado.
Portanto, se queremos fortalecer os
laços família-escola, torna-se necessário reciclar os valores que dão sentido à
vida, a crença de que é possível alcançar a verdade do ponto de vista racional
e que a afetividade feliz é a que passa pela racionalidade do compromisso
humano e profissional.
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